Monsenhor Geraldo Cláudio dos Santos Menezes
Nascimento: 10 de maio de 1922
Ordenação: 08 de dezembro de 1945
Hoje o decano de nosso clero arquididiocesano completa 90 anos, disponibilizamos abaixo uma matéria originalmente publicada no jornal O Liberal do dia 07 de dezembro de 2011.
Filho do poeta Bruno de Menezes é o mais antigo sacerdote de Belém
No dia 8 de dezembro de 1945, monsenhor Geraldo Menezes, era ordenado sacerdote, contrariando a vontade do pai, o escritor paraense Bruno de Menezes. Entrou no seminário com apenas 17 anos, para por em prática a vocação descoberta durante a juventude, quando fazia questão de participar das missas na Igreja de São João Batista, no largo de São João, em Belém. O religioso foi capelão dos colégios Gentil e Santo Antônio, cura da Sé, e conselheiro espiritual das equipes 2 e 5 de Nossa Senhora, função que ainda assume. Também foi diretor espiritual do seminário por 10 anos. Em 1995, completou Bodas de Ouro Sacerdotal. Amanhã, dia em que Geraldo Menezes completa 66 anos de ordenação, familiares, amigos e pessoas que acompanharam a trajetória de vida do religioso vão participar de uma missa, às 18 horas, na Igreja da Trindade, onde ele é pároco emérito. Com problema de visão adquirido há cerca de 20 anos, desde que foi assaltado, na Trindade, e levou um tiro na cabeça, monsenhor Geraldo enxerga com dificuldade. Mesmo assim, não se afasta da vocação. "Eu procuro sempre ter alguma atividade. A saúde vai mais ou menos, de acordo com a minha idade. A pessoas que me auxiliam muito", revela monsenhor.
Do pai, Bruno de Menezes, ele herdou a paixão pelo Clube do Remo, assim como o restante da família, mas nunca foi de escrever poesia, apenas artigos para jornais, principalmente Voz de Nazaré. Gosta de ouvir no antigo rádio de pilha música clássica e popular. "O meu pai era um homem que tinha fé, mas não tinha prática religiosa, não concordava que eu fosse para o seminário. Eu fui apoiado pela minha mãe, a professora Francisca dos Santos de Menezes, para conseguir vencer esse obstáculo", conta. Quando Bruno de Menezes morreu, o monsenhor estava com 41 anos.
Além de Geraldo, a família de sete irmãos formou mais uma religiosa: Marília de Menezes, freira há mais de 50 anos e que está à frente do processo de canonização da irmã Serafina. Segundo outra irmã, Maria de Belém, Bruno de Menezes não aceitava o caminho seguido pelos filhos, mas depois, ficou tão feliz que se intitulava "sogro de Jesus".
Abaixo dois hinos de autoria de D. Francisca Menezes, que os compôs em homenagem a ordenação de seu filho Geraldo:
Entoemos os louvores
Que hoje se evolam aos céus
Do incenso entre os olores
Às nuvens de brancos véus.
É que da excelsa morada,
Jesus fita com amor
A vitoriosa escalada
De almas cheias de viçor:
Dão-se a Deus, em oblação,
Na sagrada ordenação.
Ao amplo trigal e às vinhas,
Operários vão partir.
Do campo às ervas daninhas
Hão de logo se extinguir.
Na messe, farta colheita,
Ao Senhor vão preparar.
A seara ao sol se enfeita
De frutos para o Altar.
E à Terra da Promissão
As almas todas irão.
HINO DE SAUDAÇÃO AO SACERDOTE
1. Sacertote! Tu és a palma
De noss’alma.
És a flor da criação!
Da promessa feita no Éden
Foste o germen
Da suprema redenção!
2. Jesus Cristo é sacerdote
E seu dote
São os nossos corações!
Dele brota a luz divina
Que ilumina
As sagradas vocações!
3. Cantam lá nos céus os anjos
E arcanjos,
Quando um padre sobe ao Altar!
Cruzadinhos, exultemos
Pois queremos
O Alto Mistério louvar!
ESTRIBILHO
Neste dia de vitória,
Bendigamos o Senhor
Que a messe de sua glória
Refloresce com vigor!
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