quarta-feira, 28 de julho de 2010

Conhecendo os Grupos Paroquiais

Paróquia: Santo Inácio de Loyola

Região Episcopal: São Vicente de Paulo

Atual Pároco: Pe. Marino Gabrielli

Endereço: Rua Santa Fé S/N, Icuí Guajará

Data de Criação: Setembro de 2004

O Grupo

Coordenação: Adriano dos Anjos (coordenador) e Wendel Leal (vice-coordenador)

Email e Orkut: coroinhasdesantoinacio@hotmail.com

O grupo dos servidores do altar da paróquia de santo Inácio de Loyola tem cerca de 6 anos e foi criado pelo antigo pároco, Pe. Adelson Araujo dos Santos. Primeiramente, o grupo era formado pelos coroinhas das comunidades da paróquia. Depois da criação da igreja matriz, os coroinhas das comunidades mais próximas formaram a 1° geração dos coroinhas da matriz. Atualmente o grupo é composto por 20 coroinhas (10 meninos e 10 meninas) entre 13 a 22 anos de idade, que atuam na matriz. A paróquia santo Inácio é composta por 16 comunidades, contudo não são todas as comunidades que apresentam grupo de servidores do altar.

Além de servirem nas celebrações litúrgicas, os servidores do altar da matriz se reúnem todos os domingos no horário das 15 horas a fim de orar, refletir e estudar temas relacionados ao ministério exercido pelos coroinhas, assim como assuntos relacionados à realidade do mundo e a do próprio grupo.

Com a ajuda do atual pároco, todo último domingo de cada mês, os coroinhas da matriz e das comunidades se reúnem a fim de promover uma formação em nível paroquial. Neste encontro são tratados assuntos que ajudam a fortalecer o espírito de coroinha de todos os jovens, com o objetivo de ajudar em sua formação como cristãos leigos e estreitar os laços de amizade entre os servidores do altar de toda a comunidade paroquial.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Milhares de Coroinhas da Europa visitarão o Papa

Na Praça de São Pedro, de 3 a 4 de agosto


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Milhares de coroinhas de toda a Europa viajarão a Roma nos dias 3 e 4 de agosto, para a décima peregrinação europeia promovida pela associação Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), que neste ano tem como tema: “Beber da verdadeira fonte”.

Na tarde da terça-feira, 3 de agosto, na Praça de São Pedro, coroinhas procedentes de 12 nações europeias – entre as quais 44 mil procedentes da Alemanha, 8 mil da Hungria, França, Romênia e Suíça – assistirão a uma atividade musical com entrevistas e convidados, que terminará com a recitação das Vésperas e a intervenção do Santo Padre. No final, os participantes serão convidados a trocar lenços com as cores de sua própria nação com os dos membros de outros países.

No dia seguinte, 4 de agosto, os coroinhas assistirão à audiência geral com o Santo Padre. Após as boas-vindas aos grupos das nações presentes, o presidente do CIM e bispo auxiliar da Basileia (Suíça), Dom Martin Gächter, cumprimentará o Papa e lhe dará um pequeno lenço branco, em lembrança da perseguição.

Após as palavras de Bento XVI e sua bênção, os coroinhas da Europa prestarão homenagem ao Papa com cantos acompanhados por uma orquestra de Hamburgo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um Pouco da História de Nossa Arquidiocese - Bispos

1º DOM FREI BARTOLOMEU DO PILAR (1724-1733)

Carmelita português, nasceu a 21 de setembro de 1667. Foi nomeado em 1719 e sagrado no ano seguinte. Chegou a Belém em 1724. Ao tomar posse na igreja de São João Batista (a catedral ainda não havia sido construída), teria exclamado: "Catedral de palha, bispo de papelão". Nos anos de seu governo, residiu no convento do Carmo. Faleceu no dia 09 de abril de 1733 e foi sepultado no altar-mór da catedral, embora sua lápide mortuária encontre-se na sacristia da igreja de Santo Alexandre, onde se lê: "semel sepultus, bis mortuus". Suas principais realizações foram a instalação da Diocese e do Cabido Diocesano, em 1724, a criação da segunda paróquia de Belém, Sant'ana da Campina (1727) e a fundação do colégio dos Jesuítas, na Vigia (1731).
OBS. Após a morte de Dom Bartolomeu, o bispado ficou vacante durante 6 anos, quando foi nomeado o segundo bispo.

2º DOM FREI GUILHERME DE SÃO JOSÉ (1739-1748)
Nasceu em Lisboa, em 1686, e pertencia à Ordem de Cristo de Tomar. Sagrado em 1738, tomou posse no ano seguinte. Renunciou ao bispado e retornou a Portugal, em 1748. No seu governo, foi inaugurado o convento de Santo Antônio (1743) e iniciada a construção da Catedral (1748). O padre Gabriel Malagrida, por iniciativa particular, fundou um Seminário em Belém (fechado posteriormente).
3º DOM FREI MIGUEL DE BULHÕES (1749-1760)
O dominicano Dom Miguel de Bulhões era natural de Aveiro, Portugal, e já estava designado para Málaca, quando foi transferido para o Pará. Aqui, designou o rio Gurupi como limite entre o Pará e o Maranhão, criou a Vigararia Geral do Rio Negro, inaugurou a capela da Venerável Ordem Terceira, benzeu a Catedral, assistiu à saída dos jesuítas e franciscanos da Congregação da Beira e criou diversas paróquias, em substituição às aldeias dos missionários expulsos: Sant'ana de Igarpé-Miri, Monte Alegre, Santarém, Muaná, Boim.

4º DOM FREI JOÃO DE SÃO JOSÉ E QUEIROZ (1760-1763)

Nasceu em Matosinhos, próximo à cidade do Porto, Portugal, a 12 de agosto de 1711. Era beneditino. Veio para o Pará em 1760 e aqui passou apenas quatro anos. Criou a paróquia da Vigia e inaugurou a igreja de Sant'ana. Caiu no desagrado do governo português, devido a seus escritos críticos, e, por isso, foi desterrado para Portugal, falecendo no dia 15 de agosto de 1764 no convento de São João de Pendurada, "mosteiro triste, empinado nuns rochedos que se debruçam sobre o Douro". Suas visitas pastorais foram escritas num célebre livro prefaciado por Camilo Castelo Branco.

Obs.: Com o desterro de Dom João, o bispado ficou sede vacante durante 6 anos.

5º DOM FREI JOÃO EVANGELISTA PEREIRA (1772-1782)

Português natural de Gouvães, era membro da Ordem dos Terceiros Franciscanos Regulares. Promoveu o primeiro Sínodo do Pará (e segundo do Brasil) em 1777. Benzeu a capela-mór da nova Catedral e, no seu governo, foi erguida a ermida de Nossa Senhora de Nazaré. Faleceu em Belém no dia 14 de maio de 1782.

6º DOM FREI CAETANO BRANDÃO (1783-1789)

Nasceu na Comarca de Estarreja a 11 de setembro de 1740. Religioso da Ordem Terceira da Penitência, foi sagrado a 02 de fevereiro de1783, chegando ao Pará em outubro do mesmo ano. Governou o bispado durante cinco anos. Entre as suas obras, está a fundação e instalação do primeiro hospital da Amazônia, o "Hospital do Bom Jesus dos Pobres", depois Santa Casa de Misericórdia. Em 1788, foi transferido para a Sede Primacial de Braga, Portugal, onde faleceu a 15 de dezembro de 1805.


7º DOM MANUEL DE ALMEIDA DE CARVALHO (1794-1818)

Foi o último bispo português nomeado para Belém e o primeiro padre secular a exercer a função nessa diocese. Dom Manuel nasceu em Vizeu, Portugal, no dia lº de janeiro de 1747, e foi sagrado a 15 de agosto de 1791. Era doutor em cânones pela Universidade de Coimbra. No seu governo, criou algumas irmandades e dedicou-se ao recolhimento dos órfãos, confiou a igreja de Santo Alexandre à Irmandade da Misericórdia e criou as paróquias de Parintins e Maués, no Amazonas. Escreveu inúmeras Cartas Pastorais. Faleceu em Belém no dia 30 de junho de 1818.
8º DOM ROMUALDO DE SOUSA COELHO (1821-1841)

O primeiro paraense e um dos primeiros brasileiros a ascender ao episcopado. Era natural de Cametá, onde nasceu a 07 de fevereiro de 1762. Apresentado por Dom João VI, foi aceito para bispo pelo papa Pio VII. Sagrado a 1º de abril de 1821, governou a diocese durante 20 anos. No seu governo, enfrentou graves problemas sociais e políticos, como a Cabanagem. À época, impediu que os revolucionários incendiassem Belém. Acompanhou os anseios de libertação do povo brasileiro e, tendo proclamado a adesão do Pará à independência, presidiu a primeira Junta Governativa da Província. Propôs a criação do bispado do Amazonas e criou as paróquias de Moju, Inhangapi, Trindade e Marapanim. Faleceu santamente em Belém a 15 de fevereiro de 1841. Foi sepultado na Catedral Metropolitana de Belém.

9º DOM JOSÉ AFONSO DE MORAES TORRES (1844-1858)



Brasileiro do Rio de Janeiro, no seu governo preocupou-se principalmente com a formação do clero voltado para as questões pastorais. Fundou, para isso, seminários em Cametá, Óbidos e Manaus. Criou as paróquias de Bujaru, Breves, Andirá, Mocajuba, Carmo de Tocantins e Santo Ângelo de Tauapessaçu. Faleceu em 1865.

10º DOM ANTÔNIO DE MACEDO COSTA (1860-1890)

Indicado para o episcopado pelo paraense Dom Romualdo de Seixas, à época Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, foi nomeado bispo ainda muito jovem. Baiano, fez os seus estudos na Europa, França e Itália, onde se doutorou em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Chegou ao Pará a 28 de maio de 1861. O seu ministério no Pará foi marcado pela "Questão Religiosa". Foi preso e condenado a quatro anos de prisão com trabalhos forçados por crime de sedição, juntamente com Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, bispo de Olinda e Recife. Nesse mesmo período, foi também preso o governador da Diocese, cônego Sebastião Borges de Castilhos. Nessa época, foi grande a campanha difamatória contra a Igreja. Anistiado, Dom Antônio voltou a Belém em 1876, continuando seu pastoreio até quando foi transferido para o Arcebispado da Bahia, com o título de Primaz do Brasil. Em Belém, para transformar a situação do clero, valorizou os seminários, melhorou sua disciplina e fortaleceu os estudos, chegando a mandar diversos seminaristas à Europa para estudos eclesiásticos. Com apenas 85 padres na diocese, criou novas paróquias: Nazaré, São Pedro do Tocantins, Curralinho, Codajás, Manicoré, Mosqueiro, São Sebastião da Boa Vista, Anajás, Fonte Boa, Remédios, Barreirinha, Bagre, Lábrea, Urucará e Humaitá. Trouxe para o Pará os Padres da Congregação do Espírito Santo, as Irmãs Dorotéias e as Filhas de Sant'ana. Consagrou a diocese ao Sagrado Coração de Jesus, promoveu o Retiro do Clero, o primeiro do Brasil, transferiu o seminário maior para o convento do Carmo, fundou o colégio Santo Antônio, sagrou dom Joaquim Gonçalves de Azevedo, bispo de Goiás e depois Primaz do Brasil. Transferido para a Bahia, faleceu em Barbacena, no dia 20 de março de 1891, antes de ocupar o sólio primacial.

11º DOM JERÔNIMO TOMÉ DA SILVA (1891-1893)


Cearense de Sobral, Dom Jerônimo Tomé da Silva passou pouco mais de dois anos em Belém, ou seja, de fevereiro de 1891 a setembro de 1893, quando foi transferido para a Arquidiocese de Salvador, na Bahia. Era doutor em Teologia, pela Pontificia Universidade Gregoriana de Roma, onde foi ordenado sacerdote (1872) e sagrado bispo (1890), pelo cardeal Rampolla. Sagrou a Catedral Metropolitana. Fato marcante do seu governo foi a criação do Bispado do Amazonas, pelo papa Leão XIII, a 27 de abril de 1892, desmembrado do Pará. Digno de nota o fato de que o primeiro bispo do Amazonas foi um sacerdote do clero paraense, Dom José Lourenço da Costa Aguiar.

12º DOM ANTÔNIO MANUEL DE CASTILHO BRANDÃO (1895 - 1901)



Alagoano, nasceu em Paulo Afonso em 1849 e foi sagrado bispo em 1894. Ao assumir a Diocese de Belém, encontrou-a submersa em dificuldades, principalmente financeira e pastoral. Para suprir as necessidades do Bispado, construiu algumas casas para a manutenção do Seminário. A seu pedido, chegaram para ajudá-lo na Diocese os Padres Agostinianos Recoletos (07.7.1899) e as Filhas de Sant'ana. No seu governo, foi fundada a Colônia do Prata, em setembro de 1898, e os Padres Agostinianos assumiram a "igrejinha" de São João Batista, na Cidade Velha. Em 1901, a pedido, foi transferido para a recém criada Diocese de Maceió.
13º DOM FRANCISCO DO RÊGO MAIA (1902-1906)


Pernambucano, foi secretário de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, em Olinda, e, posteriormente, nomeado bispo de Petrópolis. Transferido para o Pará, aqui chegou a 25 de março de 1902. Em abril de 1906, renunciou ao bispado, passando a residir em Roma até 1928, ano de sua morte. No seu governo, vieram para o Pará as Irmãs Dominicanas, que foram para Conceição do Araguaia, em 1902; em abril de 1903, chegaram os Irmãos Maristas, que assumiram a direção de um colégio no antigo Convento do Carmo; em agosto desse mesmo ano, chegaram os primeiros padres barnabitas, que assumiram a direção do Seminário de Belém; no dia 07 de outubro desse ano, chegaram as Irmãs de Santa Catarina. Em dezembro de 1904, aprovou a fundação da Congregação das Irmãs Terceiras Regulares Capuchinhas, que foram trabalhar na missão capuchinha do Prata. Pleiteou e conseguiu a criação da Prelazia de Santarém, a 21 de dezembro de 1903, desmembrada do território de Belém, cujo primeiro Bispo foi o pároco de Nazaré, Cônego Frederico Benício de Souza Costa.

Obs.: Dom Francisco do Rêgo Maia renunciou em abril de 1906, e no dia 1º de maio desse mesmo ano Belém foi elevada, pelo papa São Pio X, a Sede Arquiepiscopal, tornando-se a terceira Arquidiocese do Brasil, precedida somente de Salvador e Rio de Janeiro. Desde a renúncia de Dom Francisco à posse do segundo Arcebispo, Belém foi administrada pelo Mons. João Muniz.

Fonte: Site da Arquidiocese de Belém

Encontro de Abertura da Festa - Ficha de Inscrição

Como é do conhecimento de todos, o Conselho Arquidiocesano dos Servidores do Altar, em vista de promover a integração dos Servidores do Altar das diversas paróquias da Arquidiocese de Belém, assim como lhes proporcionar a oportunidade de partilha da vivência de seus grupos paroquiais, promove mais uma Festividade de São Tarcísio.

Esta terá sua abertura no dia 7 de Julho de 2010 às 08h30m, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Santuário de Fátima). Para tal abertura pedimos que cada grupo preencha a ficha de inscrição abaixo, bem como contribua para o lanche no valor de R$ 3,00 (Três Reais) por Servidor do Altar participante. Pedimos que tal ficha de inscrição, bem como o valor referente, seja entregue o quanto antes ao coordenador de sua região episcopal.

(Clique na Imagem para aumentar e imprimir)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Conhecendo os Grupos Paroquiais

Paróquia: Nossa Senhora do Bom Remédio
Região Episcopal: São João Batista
Pároco: Pe. Bruno Farias
Endereço: Conjunto Satélite we 06 nº 455
Data de criação:01/05/1980

Coordenação: Delmira Naiff e Rhuan Fernandes

O atual grupo dos Servidores do Altar da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Remédio possui cerca de vinte anos, e foi fundado pelo Pe. Lucas. Atualmente o grupo conta com 50 membros que atendem à matriz, e as comunidades.

Além de servirem as santas missas semanais e dominicais, os Servidores do Altar reúnem-se dois sábados ao mês, onde discutem temas relativos à Igreja, tanto no âmbito litúrgico como social.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Conhecendo os Grupos Paroquiais


Paróquia: Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Santuário de Fátima)

Região Episcopal: Santa Maria Goretti

Pároco: Pe. Antonio Moraes Oliveira

Endereço: Rua Antonio Barreto, Nº 2167, Fátima

Fundação da Paróquia: 13/05/1967


O Grupo

Lema: “ Coroinha: Serviço fiel e de amor a Eucaristia”

Coordenação: Iago Rodrigues e Weslei Farias


O atual grupo de Coroinhas da Paróquia de Fátima foi fundado no ano de 1981 pelo atual pároco, o Revmo. Pe. Antonio Oliveira, em sua 1ª Administração ainda na antiga Igreja de Fátima. Antes do Grupo ser fundado oficialmente, haviam alguns jovens que já ajudavam no serviço do altar, mas depois foi consolidado o Grupo de Coroinhas nessa Paróquia que inicialmente recebeu o nome de AFA (Acólitos de Fátima) e hoje tem o nome de Grupo de Coroinhas de Fátima.

O nosso Grupo é composto por 29 servidores do altar, sendo 10 meninos e 19 meninas, na faixa etária entre 08 e 16 anos. Nos reunimos aos sábados às 10h00 no Centro de Evangelização de Fátima (CEFAT) onde são discutidos vários temas relacionados a Santa Mãe Igreja, a Sagrada Liturgia e outros temas da atualidade. Os servidores do altar da Paróquia auxiliam nas celebrações litúrgicas no Santuário de Fátima, na Comunidade Três Pastorinhos e na Capela do Sagrado Coração de Jesus.


Canais de comunicação: Orkut: coroinhas.fatima@hotmail.com / MSN e E-mail: coroinhasdefatima@hotmail.com.


terça-feira, 13 de julho de 2010

Encerramento da Escola de Cerimoniários

Na manhã do dia 19 de Dezembro de 2009 no Auditório São Pedro (Paróquia SS. Trindade), foi celebrada para maior Glória de Deus e exaltação da Santa Igreja, uma Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano, esta deu-se por ocasião do Encerramento da Escola Arquidiocesana dos Cerimoniários que consistiu de encontros para formação dos Servidores do Altar das mais diversas paróquias de nossa arquidiocese, as formações abrangeram temas relacionados a teoria e a prática litúrgica. Apesar de se estar no Tempo do Advento, a Santa Missa foi celebrada com paramentos Brancos por ser sábado, e como sabemos os sábados são dedicados a memória da bem-aventurada Virgem Maria. Vejamos algumas fotos da Celebração:

Revmº Pe. Wiremberg assinando os certificados

Paramentação



O Altar do Santo Sacrifício

Procissão de Entrada

"Asperges-me"

Paramentando-se da Casula

Os Cerimoniários


Comunhão

Revmº Pe. Wiremberg e os Servidores do Altar que acolitaram a Missa



sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um Pouco da História de Nossa Arquidiocese - Visita do Papa João Paulo II

Faz Trinta Anos

* João Antônio Lima

Introdução

Há precisamente trinta anos atrás um acontecimento marcou de modo indelével a memória do povo paraense, e tal fato não poderia ser diferente, nossa cidade marcada desde sua “descoberta” e expansão sob o signo da Cruz de Cristo, passava a ver esta mesma cruz ostentada no peito pelo seu vigário na terra. O Forte do Presépio nos tempos de nossa descoberta parece que profetizava que assim como os pastores acorreram a Belém de Judá para encontrar Jesus na manjedoura, do mesmo modo nosso grande pastor na terra acorreria a nossa cidade escutando e atendendo ao apelo de “vir a Belém”. Deste modo, achei por bem escrever estas breves palavras, em vista de aqueles que viveram este dia e os que não viveram, dentre os quais me incluo, possam ser de algum modo transportados para aquela realidade, e também receber dela a força para continuarem na barca guiada pelo sucessor de Pedro.

Antecedentes

Quando se confirmou a vinda do Papa ao Brasil, logo se imaginou que este visitaria apenas as principais cidades, pois assim o tinha feito em viagens precedentes, como por exemplo, aos Estados Unidos da América e a França. Dentre as cidades brasileiras, algumas tinham como certa a visita do papa pelas seguintes razões: Rio de Janeiro, pois se comemorava 25 anos do CELAM; São Paulo, pela Sagração da Basílica de Aparecida; Fortaleza,para a abertura do X Congresso Eucarístico Nacional; Salvador, por ser a sede primacial do Brasil; e Porto Alegre, por lá ser uma grande celeiro de vocações. Além destas cidades, algumas outras eram propostas, dentre as quais não se incluía Belém. Por outro lado, chegou ao conhecimento de Dom Alberto Ramos, então arcebispo metropolitano, a notícia de que o santo padre tinha manifestado interesse pela Amazônia e pelos povos indígenas, fato que acendeu as esperanças de vinda do pai da cristandade para nossas terras.

Motivados por tais questões, e a exemplo daqueles que desejavam receber o papa em suas dioceses, todos os bispos do Pará redigiram uma carta convidando o papa a incluir Belém no seu itinerário, cuja carta julgo ser digna de ser aqui transcrita.

Beatíssimo Padre

Despertou sentimentos do mais vivo entusiasmo, a notícia de que Vossa Santidade deseja visitar este imenso país católico, no próximo mês de julho. Incalculáveis serão os frutos dessa presença do pai comum da cristandade, neste país cheio de contrastes, e variadíssimas regiões.

Na elaboração do itinerário, ousamos sugerir a inclusão da região amazônica, que abrange quase dois terços do território brasileiro e que atualmente é alvo de cobiça internacional e de problemas paradoxais, deixando de ser o”pulmão do globo”, o maior complexo florestal do mundo, para ser penetrada pelas estradas, pela devastação de suas matas, a exploração de minérios e a implantação da pecuária que leva ao desalojamento injusto dos antigos posseiros ou agricultores.

Tomamos, por isso, a liberdade de convidar Vossa Santidade a incluir no roteiro, Belém, a principal cidade da Amazônia, (Nossa Senhora de Belém do Grão Pará), metrópole eclesiástica e civil, com cerca de um milhão de habitantes, ponto de partida da evangelização, e sede do mais celebre santuário de devoção mariana no norte do Brasil, a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

A poucos quilômetros do aeroporto, Vossa Santidade poderia dirigir, na Colônia de Marituba, uma palavra de conforto aos irmãos hansenianos, ameaçados de serem dispersados para serem mesclados à população, sem a devida preparação.

Belém possui um lindo e verdejante trecho da floresta, o “Bosque Rodrigues Alves”, onde, numa clareira poderiam ser reunidos os chefes (tuxauas) das principais tribos indígenas do Brasil, para dialogarem com Vossa Santidade.

Ao longo das amplas avenidas, sombreadas pelos túneis de mangueiras, o povo de Belém, acrescido pelos habitantes do Estado do Pará e do norte de Maranhão, Piauí e Goiás receberia a bênção do primeiro Pontífice a pisar o solo amazônico.

Esperando que Vossa Santidade ouça os pastores da Província Eclesiástica de Belém (Regional Norte II da CNBB) e tome a resolução de dizer “transeamus usque Betheem...” – “Vamos até Belém”, firmamo-nos obsequiosos e reverentes.

+ Alberto Ramos, Arcebispo de Belém

+ Tiago Ryan, Bispo de Santarém

+ Tadeu Prost, Bispo Auxiliar de Belém

+ Angelo Frosi, Bispo Prelado de Abaetetuba

+ Alquilio Alvares Diaz, Bispo Prelado de Marajó

+ Alano pena, Bispo Diocesano de Marabá

+ Angelo Rivato, Bispo de Ponta de Pedras

+ Patrício José Henrahan, Bispo de Conceição do Araguaia

+ Martinho Lammers, Bispo de Óbidos

+ José Maritano, Bispo de Macapá

Mons. Henrique Riemslag, Administrador Apostólico de Cametá

Mons. Miguel Giambelli, Administrador Apostólico do Guamá

Enquanto algumas cidades, aquelas tidas como certas, já preparavam-se para a vinda do Papa, Belém ainda indefinida no itinerário esperava ansiosamente poder ser incluída. No dia 17 de Abril de 1980, Dom Alberto Ramos na visita ad limina apostolorum, deu maior força para a pretensão de Belém, convidando pessoalmente o Santo Padre para vir a Amazônia, e de modo particular a Belém, o papa manifestou atenção quanto à região e fez várias perguntas acerca dela.

A grande espera terminou quando o secretário da nunciatura convocou Dom Alberto para uma reunião secreta no Rio de Janeiro, nesta reunião estavam presentes altos dignatários da Igreja e membros do ministério das Relações Exteriores, lá o núncio apostólico apresentou o provável itinerário da viagem, no qual para grande felicidade do povo do Pará estava incluído o nome de Belém. Apesar de não ser o itinerário final, este já sinalizava o que mais a frente ia se confirmar.

Preparativos

Como devemos imaginar a recepção de um papa exige grandes preparativos, quer pela grandeza de sua figura, quer pela quantidade de pessoas que o cerca nestas viagens. Deste modo dever-se-ia preparar lugares para a acomodação do santo padre e sua comitiva, bem como organizar todo itinerário a ser percorrido por ele em nossa cidade, além da infra-estrutura necessária para tal.

Quanto à acomodação pensou-se em dois lugares, o palácio episcopal (atual museu de arte sacra) e o seminário São Gaspar que fica as proximidades da Catedral. O Palácio Episcopal encontrava-se em péssimo estado, cheio de goteiras e infiltrações, organizou-se então uma campanha em vista de reformá-lo, cuja campanha tinha a frente Dom Alberto Ramos e recebeu adesão de uma série de empresários. Esta propiciou a reforma do mesmo, cuja obra seguiu-se até a véspera da chegada do papa.

Quanto aos preparativos relacionados à infra-estrutura, o maior deles era a escolha do local para se realizar a santa missa, pensou-se em vários lugares os quais foram descartados pelas seguintes razões: Pista do aero clube, fechá-la significaria isolar Belém dos municípios ligados por via aérea; Estádio Mangueirão, por problemas quanto ao acesso; Praça da Republica e outras praças (Batista Campos, Praça Brasil), pela arborização que atrapalharia a visualização da celebração; Ceasa, problemas quanto ao acesso; Cruzamento da Dr. Freitas com a Duque de Caxias, cruzamento vital para aquela região da cidade; Entroncamento, fechá-lo significaria isolar Belém do resto do Brasil por um longo tempo. Em meio a estes problemas, decidiu-se então pelo cruzamento da Avenida 1º de Dezembro com a Barão do Triunfo, por outro lado tal escolha foi embargada por técnicos da CELPA, por lá se localizar uma sub-usina de energia elétrica, fato que ofereceria perigo a grande quantidade de pessoas que para lá acorreriam para a celebração. Decidiu-se então pelo cruzamento da Av. 1º de Dezembro com a Mauriti, neste local se montaria um altar monumento dotado de duas rampas internas e todo acarpetado no qual se celebraria a santa missa.

O Grande Dia

Clemente XI, em 1719, engrinaldou a cidade de Belém, pórtico da Amazônia, com a dignidade de sede episcopal.

São Pio X enobreceu-a, em 1906, com a primazia arquiepiscopal em todo o norte e nordeste do Brasil, terceira depois de Salvador e Rio de Janeiro.

Pio XII endereçou-lhe sua palavra fulgurante e enviou-lhe um Legado Pontifício, em 1953, para presidir o VI Congresso Eucarístico Nacional e coroar a imagem bendita e querida de Nossa Senhora de Nazaré.

Paulo VI, depois de ter pisado esta terra, antes de ser eleito Papa. Falou também à gente belemense, em 1971, asseverando que “Cristo aponta para a Amazônia”.

Agora João Paulo II atende o nosso convite e vem, embora por poucas horas, à semelhança dos pastores na noite de natal, “Transeamus usque Bethlehem” “Vamos até Belém”, verificar o que sucedeu. E assim estamos vivendo momentos históricos de intensa vibração e sensibilidade.

Na recente visita que fizemos a Sua Santidade, (audiência 17/04/1980) perguntou-nos se o povo do Pará amava a Nossa Senhora. Respondemos tranqüila e seguramente: “Sim Santidade, o povo de Belém é essencialmente mariano. Suas Maiores igrejas são dedicadas a Nossa Senhora de Belém ou de Nazaré, do Carmo ou das Mercês.

Belém, é toda de Maria. Poderia adotar o lema de João Paulo II: TOTUS TUUS.

O Pará sendo “todo de Maria” é também todo do Papa.

+ Alberto Ramos, Arcebispo de Belém

Recepção

Precisamente às 12:45 do dia 8 de Junho de 1980, abria-se a porta do avião da presidência da republica que ostentava o brasão pontifício, e após alguns segundos surge a figura tão esperada, o Papa João Paulo II, ao sair do avião de acordo com o protocolo cumprimenta primeiramente o comandante da base aérea, após este cumprimenta D. Alberto Ramos, em seguida o governador Alacid Nunes e sua esposa, o prefeito Loriwal Magalhães e sua esposa, e as demais autoridades incluindo Dom Tadeu Prost que era bispo auxiliar.

Seminário São Pio X

O Papa após a recepção segue do aeroporto para o seminário São Pio X em carro fechado, sendo saudado durante todo o trajeto por milhares de pessoas que enfileiravam-se nas ruas por onde passava a comitiva, ao lado do Papa estava Dom Alberto Ramos que respondia atentamente as perguntas do santo padre quanto ao clima e ao povo.

Chegando ao seminário o papa encontrou-se com alguns sacerdotes, com os seminaristas e com um grupo de religiosas, dentre estas se destaca o encontro com irmãs carmelitas que três anos antes tinham sido expulsas de Moçambique pelo governo comunista. Após tal encontro, o Papa almoçou no chamado “Salão Branco” na presença de poucas pessoas, e serviu-se de uma alimentação leve e ao final comeu mamão.

Colônia de Marituba

Após o almoço repousou no quarto do reitor do seminário até às 15:30h, quando sob forte sol saiu do seminário em direção a colônia de hansenianos de Marituba, o translado se deu em um ônibus e o papa seguiu durante a viagem ao lado do motorista e de pé, para que pudesse ser visto e ver as pessoas que tão ansiosamente o esperavam. Chegou a colônia por volta das 16:00h e lá encontrou-se com hansenianos dos estados do Pará, Maranhão e Amapá. Julgo que a frase dita por uma interna da colônia traduz a singularidade de tal encontro “valeu sofrer tanto, para viver este dia de alegria”.

Da colônia de Marituba seguiu em carro aberto para a Av. 1º de Dezembro onde celebraria a santa missa. No caminho foi saudado por milhares de pessoas que gritavam em um só coro “Viva o Papa”, e ao chegar no local da missa outras milhares o esperavam.

A Missa

Dom Alberto Ramos desde o início deixou claro que queria uma missa simples, com cantos populares em vista de proporcionar uma participação mais ativa das pessoas. De fato isto aconteceu, sua santidade oficiou sozinho a santa missa que começou às 18:00h, não havendo assim concelebração, comungaram das mãos do Papa apenas algumas crianças pobres que viviam em internatos. O altar foi confeccionado em cedro vermelho e ostentava o brasão do papa, do mesmo modo que a cátedra doada pela diocese de Ponta de Pedras,

O cálice usado tinha sido sagrado pelo Papa Pio X a pedido de Dom Francisco do Rego Maia no dia 13 de Novembro de 1905, e era o mesmo utilizado pelo legado pontifício na abertura e encerramento do VI CEN realizado em Belém no ano de 1953.

Catedral

Depois da santa missa, o papa seguiu em carro fechado para a Catedral, passando no trajeto em frente à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e sendo saudado por milhares de pessoas. Na catedral encontrou-se com parte do clero, religiosas e benfeitores da Arquidiocese, ao término deste encontro seguiu a pé para o Palácio Episcopal saudando no caminho todos a quem pode fazê-lo, adentrou neste às 20:30h.

No Palácio Episcopal

Sua última aparição pública neste dia guardado na memória de todos os paraenses deu-se em uma das janelas do Arcebispado, janelas estas ricas em acontecimentos importantes como quando Dom Romualdo de Sousa Coelho já com significativa idade falou aos cabanos para que se refugiassem na floresta e não incendiassem Belém. A exemplo disto outra janela era marcada com um acontecimento único, o papa lá aparecia para saudar o povo que se encontrava na praça Dom Frei Caetano Brandão. Após isto jantou com todos os bispos do Pará, comendo peixe e contemplando o tradicional pato no tucupi.

Desde bem cedo do dia 9 de Julho de 1980 começaram a acorrer para a praça em frente ao arcebispado uma significativa quantidade de pessoas em vista de verem o papa, e todas gritavam a um só coro “Queremos ver o Papa, queremos ver o papa”. Vendo a quantidade de pessoas, o papa mandou buscar a imagem original de Nossa Senhora de Nazaré, para que com ela pudesse abençoar o povo que na praça se espremia, durante a espera pela chegada da imagem, tomou café servindo-se de ovos, bacon e de “bolo de 7 rosas” que era típico de sua região na Polônia. Após o café apareceu novamente na janela e abençoou o povo com a imagem que mandara buscar.

Por fim, o ultimo compromisso que era restrito ao clero deu-se no Salão nobre do Arcebispado, o mesmo onde no passado, mais precisamente no dia 28 de abril de 1874 Dom Antônio Macêdo Costa foi aprisionado pelo governo imperial por defender a Igreja e sua primazia.

Despedida

O papa seguiu de ônibus para o aeroporto, passando pelas avenidas Padre Eutíquio, Serzedelo Correa, Gentil Bittencourt, José Bonifácio e Almirante Barroso, sendo no trajeto saudado por milhares de pessoas que o aguardavam a beira das ruas.

Ao chegar no aeroporto cumpriu o protocolo de despedida, e despediu-se por ultimo de Dom Alberto Ramos, que comovido agradeceu ao santo Padre este grande presente de nos ter visitado. Então precisamente às 7:30h partiu com destino a Fortaleza para celebrar a abertura do X CEN.

Algumas fotos deste momento único:









Santa Missa (Av. 1º de Dezembro [atual João Paulo II] com Mauriti)

Referências Bibliográficas:

RAMOS, Alberto Gaudêncio. Quatro dias com o Papa. Belém: Editora Falangola, 1980.
______,_____________. Cronologia Eclesiastica do Pará. Belém: Editora Falangola, 1985.
RAMOS, José Pereira. Dom Alberto pastor da amazônia. Belém: Imprensa Oficial do Estado do Pará, 2006.
LUSTOSA, Antônio de Almeida. Dom Macêdo Costa bispo do Pará. Rio de Janeiro: Cruzada da Boa Imprensa, 1939.

* Coordenador dos Servidores da Região Episcopal Sant'Ana e da Paróquia da Santíssima Trindade, graduando em História pela Universidade Federal do Pará, bolsista do Centro de Memória da Amazônia.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Homilia do Papa João Paulo II na Santa Missa celebrada em Belém do Pará

Belém, 8 de Julho de 1980

Senhor Arcebispo Dom Alberto Gaudêncio Ramos,
Senhor Bispo Auxiliar Dom Tadeu Prost,
Meus irmãos no Episcopado e no sacerdócio ministerial,
Meus amados irmãos e irmãs, religiosos, religiosas e leigos

1. Este momento de alegria e comunhão, nos encontra reunidos em Belém, “casa do Pão”, para receber o pão da Palavra de Deus e, dentro de momentos, o Pão eucarístico, Corpo do Senhor.

Nosso encontro se realiza na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Belém e Nazaré nos falam antes de tudo de Jesus, o Salvador, na sua vida oculta, criança e depois jovem, no cumprimento de sua missão: “Eis que venho, ó Deus, para fazer em tudo a Tua vontade” (Hb 10, 7). Belém e Nazaré nos falam também da Mãe de Jesus, sempre próxima ao Filho eterno de Deus, Seu filho segundo a carne, fiel ela também no cumprimento de um papel de primeira importância no plano da Salvação divina: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).

Nossa Senhora avançou no caminho da fé, sempre em união com o seu Filho. Acompanha-O passo a passo, associando-se a Ele, alegrando-se e sofrendo com Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Depois, Cristo subiu de novo para junto do Pai. E nos dias que precederam o Pentecostes, o grupo dos discípulos, Igreja nascente, cheios de alegria e de fé, pelo triunfo de Cristo ressuscitado e ansiosos pelo Espírito Santo prometido, querem sentir-se muito unidos.

Vamos encontrá-los em oração “com Maria, Mãe de Jesus” (At 1, 14). Era a oração de uma família: daqueles que o Senhor havia chamado para a sua intimidade, com a Mãe, a qual, “com a sua caridade cooperou para que nascessem na Igreja os fiéis, membros daquela Cabeça, da qual Ela é efetivamente Mãe segundo o Corpo”, como diria Santo Agostinho (S. Agostinho, De Virginitate, 6: PL 40, 399).

2. Foi sob o patrocínio de Nossa Senhora da Graça que, por obra de intrépidos Religiosos, aqui se fundou uma comunidade cristã, depois Diocese, de onde se irradiou, não sem dificuldades, o Evangelho de Cristo para esta parte norte do Brasil. E ela, a Mãe da Graça divina, acompanhava os missionários neste seu empenho e esforço e estava com a Mãe Igreja – da qual é o protótipo, o modelo e a suprema expressão nos inícios da sua implantação nestas terras abençoadas: abençoadas por Deus Criador, com as riquezas e belezas naturais que nos maravilham; e abençoadas por Cristo Redentor, depois, com os bens da Salvação por Ele operada, e que nós agora aqui celebramos.

Nesta Eucaristia, nesta ação de graças por excelência, como é sempre a Missa, com Maria Santíssima, vamos render preito agradecido ao Pai por Cristo no Espírito Santo: agradecer a evangelização e benefícios divinos por ela trazidos; agradecer a caridade dos missionários e a esperança que os animava e tornava fortes no dilatar a fé, mediante a pregação e o Batismo àqueles que, com a vida nova em Cristo, aumentaram aqui a família dos filhos de Deus.

3. Belém e o seu santuário de Nossa Senhora de Nazaré são monumentos do passado, como marco da evangelização e documento palpável de acentrada piedade para com a “Estrela da Evangelização”. Mas são também presente: o presente de uma Igreja viva e o presente da devoção mariana, nesta querida terra brasileira.

“Hão de chamar-me bem-aventurada todas as gerações” (Lc 1, 48), disse Maria no seu cântico profético; “Bendita sois entre as mulheres, e bendito o fruto do vosso ventre, Jesus”, Lhe respondem em eco ao longo dos tempos povos de todas as latitudes, raças e línguas. Uns mais esclarecidos, outros menos, os fiéis cristãos não cessam de recorrer a Nossa Senhora, à Santa Mãe de Deus: em momentos de alegria, invocando-A “Causa da nossa alegria”; em momentos de aflição, chamando-Lhe “Consoladora dos aflitos”; e em momentos de desvario, implorando-A “Refúgio dos pecadores”.

Estas expressões de uma busca de Deus, ligadas ao modo de ser e à cultura de cada povo e, não raro, a estados de animo emocionais, nem sempre se apresentarão bem apoiadas numa adesão de fé. Pode acontecer até não estarem devidamente separadas de elementos estranhos à religião. No entanto, são algo de considerar e, por vezes, mesmo rico de valores a aproveitar.

Embora precisando de ser esclarecida, guiada e purificada, a religiosidade popular, ligada como norma à devoção a Nossa Senhora, sendo como lhe quis chamar o meu Predecessor Paulo VI “piedade dos pobres e dos simples”, traduz geralmente “uma certa sede de Deus” (cf. Evangelii Nuntiandi, 48). Assim, não é necessariamente um sentimento vago, ou uma forma inferior de manifestação religiosa. Antes, contém, com frequência, um profundo sentido de Deus e dos seus atributos, como a paternidade, a providência, a presença amorosa, a misericórdia, etc.

4. A par da religião do povo, é corrente também nos centros de culto mariano e nos santuários muito concorridos, verificar-se, por um motivo ou por outro, a presença de pessoas que, ou não pertencem ao grêmio da Igreja, ou então nem sempre permaneceram fiéis aos compromissos e à prática da vida cristã, ou ainda que vêm guiadas por uma visão incompleta da fé que professam.

Ora tudo isto exige uma pastoral atenta e adequada e, principalmente, muito pura e desinteressada, a qual vá de uma Liturgia viva e fiel, à pregação assídua e segura, à catequese sistemática e ocasional, particularmente na administração dos sacramentos; entre estes, em tais lugares de grande afluência de fiéis, ocupará sempre um lugar primordial o sacramento da Penitência, momento privilegiado de encontro com Deus, principalmente quando a isso ajuda a disponível caridade dos ministros do Confessionário.

Por conseguinte, não se perca nenhuma ocasião para esclarecer, purificar e robustecer a fé do povo fiel, mesmo quando de cunho nitidamente popular. O fato de nela ocupar lugar proeminente Nossa Senhora, como aliás sucede na totalidade da fé cristã, não exclui, nem sequer ofusca a mediação universal e insubstituível de Cristo, o qual permanece sempre o caminho por excelência para o encontro com Deus, como ensina o Segundo Concílio do Vaticano (Lumen Gentium, 60).

5. Aqui reunidos como irmãos, em reunião de família que a vida mantém fisicamente afastados uns dos outros, neste dia de festa junto da Mãe, vamos voltar-nos todos agora para Ela, para Nossa Senhora. Não é verdade que, em reuniões familiares ocasionais junto da mãe, todos os irmãos se sentem mais dispostos à bondade, à reconciliação, à unidade e ao reencontro no afeto fraterno?

Depois, em tais encontros é imperativo da piedade e do amor filial deixar à Mãe a última palavra.

E é o momento das efusões de afeto e dos bons propósitos tranquilizadores do coração materno.

Chegamos a esse momento. Como Mãe bondosa, a Virgem Santíssima não cessa de convidar todos os seus filhos, os membros do Corpo místico, a cultivarem entre si a bondade, a reconciliação e a unidade. Seja-me permitido, nesta hora, à maneira de irmão mais velho, recolher e interpretar o que está certamente no coração de todos e depositá-lo no Coração Imaculado da Mãe de Jesus e Mãe nossa. Convido a todos a acompanhar, em oração silenciosa, a prece que faço em nome de todos:

– Senhora, Vós dissestes sob o sopro do Espírito que as gerações vos chamariam bem-aventurada. Nós retomamos o canto das gerações passadas para que não se interrompa e exaltamos em Vós o que de mais luminoso a humanidade ofereceu a Deus, a criatura humana na sua perfeição, de novo criada em justiça e santidade na beleza sem par que chamamos “a Imaculada” ou a “cheia de graça”.

– Mãe, Vós sois “a nova Eva”. A Igreja de vosso filho consciente de que só com “homens novos” se pode evangelizar, isto é, levar a Boa Nova ao mundo para fazer uma “nova humanidade”, vos suplica que por vosso meio não falte nela jamais a novidade do Evangelho, germe de santidade e de fecundidade.

– Senhora, adoramos o Pai pelas prerrogativas que brilham em Vós mas o adoramos também porque sois sempre para nós a “ancilla Domini”, pequena criatura. Porque fostes capaz de dizer: “fiat”, Vos tornastes Esposa do Espírito Santo e Mãe do Filho de Deus.

– Mãe, que apareceis nas páginas do Evangelho mostrando Cristo aos pastores e aos magos, fazei que cada evangelizador – bispo, sacerdote, religioso, religiosa, pai ou mãe de família, jovem ou criança – seja possuído por Cristo para ser capaz de revelá-lo aos outros.

– Senhora, escondida na multidão enquanto o Vosso filho realiza os sinais miraculosos do nascimento do Reino de Deus, e que só falais para mandar fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2, 5), ajudai os evangelizadores a pregar sempre não a si próprios mas a Jesus Cristo.

– Mãe, envolvida pelo mistério de Vosso Filho, muitas vezes incapaz de entender mas capaz de recolher tudo e meditar no coração (Lc 2, 19 e 51), fazei que nós evangelizadores compreendamos sempre que para além das técnicas e estratégias, da preparação e dos planos, evangelizar é mergulhar no mistério de Cristo e tentar comunicar algo dele aos irmãos.

– Senhora da humildade na verdade, que nos ensinastes em cântico profético que “Deus sempre exalta os humildes” (cf. Lc 1, 52), ajudai sempre os “simples e os pobres” que vos procuram com a sua religiosidade popular; ajudai os pastores a conduzi-los à luz da verdade e a ser fortes e compreensivos ao mesmo tempo, quando devam banir elementos degenerados e purificar manifestações de piedade do povo.

– Mãe, pedimos por vossa intercessão, como os discípulos no Cenáculo, uma contínua assistência e dócil acolhimento do Espírito Santo na Igreja: para os que procuram a verdade de Deus e para os que devem servi-la e vivê-la. Que seja sempre Cristo “a luz do mundo”(cf. Jo 8, 12); e que o mundo nos reconheça Seus discípulos porque permanecemos na Sua Palavra e conhecemos a verdade que nos faz livres, com a liberdade dos filhos de Deus (cf. Jo 8, 32). Assim seja!

© Copyright 1980 - Libreria Editrice Vaticana

terça-feira, 6 de julho de 2010

Encontro com Dom Alberto Taveira

Na manhã do dia 5 de Maio de 2010, na Paróquia Imaculada Conceição, deu-se o primeiro encontro de Sua Excª Revmª Dom Alberto Taveira com os Servidores do Altar da Arquidiocese de Belém. Tal encontro foi pensado no sentido de estreitar os laços dos servidores do altar com seu pastor, bem como ser um momento de troca mútua de experiências. De fato tais questões deram-se no referido encontro, no qual D. Alberto com a docilidade e a acessibilidade que lhe são próprias respondeu todas as perguntas que lhes foram feitas, bem como escutou dos servidores do altar um pouco de suas experiências. Ao término do encontro celebrou-se a santa missa presidida pelo Revmº Padre Wiremberg José, diretor-espiritual dos servidores do altar.

Algumas fotos do referido encontro:



Revmº Pe. Wiremberg saudando D. Alberto Taveira


D. Alberto ouvindo com solicitude as perguntas dos servidores do altar



Procissão de Entrada da Santa Missa



Comunhão
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...